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Efêmero, efêmero

Acabo de terminar para minha pesquisa BIC uma resenha sobre o artigo Memórias do Futuro de Uma Arte sem Passado, de Giselle Beiguelman. Neste artigo, se fala da efemeridade da net.art e as ferramentas de armazenamento que não dão conta dessa nova arte, desaparecendo assim muitos dos projetos e trabalhos. Também acabo de saber sobre a intervenção feita na obra de Nato Silva e Selir Straliotto, na Usina do Gasometro de Porto Alegre e a partir disso lembrei do protesto na Bienal de São Paulo, em 2010. Me pego pensando se “errados” não estariam os meios e os artistas ao invés do público. É necessário refletir que nem todo local é confortável para certas obras. O comportamento dos públicos varia e é nisso que devemos nos ater, pois errado é quem se apropria do espaço esperando que os visitantes sejam máquinas pré-programadas e ajam da maneira x. Isso não se chama educação, pois a mesma varia de cultura para cultura. É obrigação do artista pensar no meio e estar pronto para qualquer mudança no roteiro. A efemeridade e a constante alternância de sentidos de uma mesma obra é natural aos dias de hoje. Querer ir contra isso é retroceder a um passado preso e impertinente.



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